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Tudo Bem, uma história sobre autodescoberta em meio à pandemia

Foto do escritor: Revista Só LetrandoRevista Só Letrando

por Maria Clara


Quando a quarentena foi decretada e iniciada em março de 2020, muitos trabalhos foram deixados de lado por um tempo, tendo que adiar suas produções para o bem da saúde de todos àqueles que estavam envolvidos – diretamente ou indiretamente. E, por conta disso, surgiu o questionamento: o que aconteceriam com os filmes, dublagens, teatro, dança ou qualquer outra forma de entretenimento artístico? A resposta era única, simples e lamentável: por hora, estamos sem trabalhar. Sendo assim, não apenas nós, meros telespectadores, fomos atingidos com a suspensão da arte, mas também muitos daqueles que vivem disso.

Só que, mesmo vivendo em uma situação catastrófica e angustiante, a arte sempre consegue se encaixar e se ajustar ao meio que se encontra. O mais curioso disso tudo, é que, no meio de uma pandemia, o que equilibrou a saúde mental de muita gente foi o contato com esta – arte – seja como for. Tenho certeza que muitos assistiram filmes que sempre quiseram assistir, mas não tinham tempo, terminaram uma série e conheceram novas bandas ou cantores que ficaram dias escutando sem parar. E, pensando nisso, a criatividade começou a aflorar e não demorou muito para os salvadores da pátria – e ouso dizer que, sim, são os artistas – começarem a produzir conteúdos que tivessem algum tipo de relação com o que estamos vivendo.

No dia 22 de setembro de 2020, foi lançado, seguindo todos os protocolos de segurança e saúde, o curta-metragem “Tudo Bem”, tendo no elenco principal, Daniel Rangel, que interpreta o jovem Hugo, e Heslaine Vieira, que interpreta a jovem universitária Dandara. O curta conta a história desses dois jovens que se conheceram pouco antes da pandemia se instalar no país, entretanto, depois do anúncio da quarentena, eles não tiveram mais contato – e não digo fisicamente, porque era algo impossível para época -, uma vez que nem o nome um do outro eles sabiam, então usar a rede social a favor deles não foi uma opção. Conforme o tempo da quarentena vai passando, o jovem Hugo se questiona se irá conseguir rever a moça um dia enquanto tem de aprender a lidar com a nova situação do mundo e os problemas que esta traz para dentro da sua casa.

A história nos faz refletir sobre dois dos mais comentados e devastadores assuntos que aconteceram no ano de 2020: a saúde mental e se apaixonar. O foco central do curta é fazer perceber que está tudo bem não estar bem, não se pode ter o equilíbrio da saúde mental a todo o momento, é normal sentir desconfortos e sensações que façam se sentir incapaz, fadiga e desmotivação, é uma situação inusitada, é normal esse desequilíbrio, e mais ainda, está tudo bem descobrir o amor, mesmo não tenho contato algum com a pessoa, em épocas de pandemia. Afinal, quem viveu, pode dizer com certeza que não estão sendo tempos fáceis e, além da arte, só o amor para nos manter fortes e esperançosos.


O curta-metragem está disponível no Youtube, através do link: https://www.youtube.com/watch?v=9oKvLpZYhAM&t=3s. Os bastidores da gravação, prévia e trailers do curta e depoimento dos atores podem ser acessados através do Instagram, @curtatudobem.



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