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Lives na Pandemia

Foto do escritor: Revista Só LetrandoRevista Só Letrando

Atualizado: 19 de dez. de 2020

por Ana Clara


Ao menos uma vez nessa quarentena você recebeu uma notificação na tela de bloqueio do seu celular que “tal pessoa’’ estava fazendo uma live. E logo que você desbloqueou a tela você viu que não era só aquela pessoa que estava fazendo, mas pelo menos mais cinco artistas ou influencers que você segue.

Essa foi a oportunidade que os artistas viram de incentivar e continuar os seus trabalhos. Segundo o Youtube, as lives mais assistidas foram as da cantora Marília Mendonça com 3,31 milhões no dia 08 de abril; Gusttavo Lima com 2,77 milhões no dia 11 de abril e Jorge e Mateus com 3,24 milhões no dia 4 de abril. Mas, para os artistas independentes, como a cantora de Pop alternativo, Marisa Brito: “Foi uma nova forma de comunicação com o público. O período de quarentena selou uma mudança que já estava ocorrendo, a realidade virtual”. Para ela, que já estava adaptada ao mundo digital na música, foi necessário dar atenção à estratégia de venda da sua música. De certa forma, o artista independente já está acostumado a viver em oscilações.

Ela também relembra que a cadeia produtiva da música depende do trabalho de pessoas que estão nos bastidores que foram muito mais prejudicadas em comparação aos artistas. A maioria ainda está sem trabalho. O artista em si ainda está em uma situação privilegiada se comparada com quem trabalha nos bastidores da música.

Hoje há possibilidade de o artista chegar muito mais longe se a pandemia acontecesse há dez anos. A possibilidade de se comunicar e o acesso ao trabalho do artista ao redor do Brasil e do mundo.

Já para o cantor de Blues José Abujamra, as lives, apesar de serem feitas no conforto de sua casa, não traziam o calor do público, que foi o seu maior estranhamento nos primeiros shows online, pois a música traz a reciprocidade com a plateia.

“Minhas primeiras lives foram muito difíceis, pois depois de terminar a música, eu só escutava um silêncio, mesmo sabendo que tinha pessoas de várias partes do Brasil me assistindo. A arte precisa de uma conexão com o público. O retorno financeiro ficou mais difícil de alcançar, pois todos estão com dificuldades financeiras. Não é todo mundo que tem a possibilidade de doar pela a internet. Mesmo passando por dificuldades nesse novo normal, não quero desistir de ser músico, pois é muito mais forte do que eu” disse o músico.



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