por Ana Clara Brito

No mês de março, aconteceu a XIII Janela Internacional de Cinema do Recife, dessa vez de forma on-line, devido à pandemia da COVID-19. O evento tem a direção artística de Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux.
Os curtas-metragens foram criados para o programa “Eu me Lembro’’, tendo a mostra do festival recebido este mesmo nome, pois neles os convidados apresentavam algumas de suas memórias.
Em Um café com meu avô Durval, a diretora Anna Muylaert narra sua incessante vontade durante a infância de eternizar o seu avô em fotos. Aliado a esse propósito, nos mostra seu grande sonho de ter uma câmera Super Oito, famosa por seu filme ter 8 milímetros de largura e inovar com a gravação sincronizada do som com menos ruídos.
Quando percebi, estava fantasiando junto a ela sua vontade de ir ao “Boa Noite, Cinderela” para realizar seu sonho. Este era um antigo quadro do programa Sílvio Santos, no qual três meninas revelavam seus desejos ao apresentador para, no fim, uma delas ser escolhida a realizá-lo.
Conseguimos acompanhar boa parte de seu progresso, desde a menina que fotografava suas bonecas com a Kodak Instamatic, passando pela adolescente apaixonada pelos filmes de grandes diretores, como Federico Fellini, e que adorava ir ao Cine Bijou, antigo cinema de São Paulo. Até a realização de seus primeiros curtas na Escola De Cinema da Universidade de São Paulo.
Após tudo isso, somos nós que queremos tomar um café com Anna Muylaert e dizer que esse curta mostra toda a sensibilidade e delicadeza que ela tão bem sabe expressar.
O curta se encontra disponível no Youtube e vale muito a pena assistir!
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